Teatro Rivoli 360º
Teatro Municipal do Porto (Rivoli)
Rua do Bonjardim nº 143, Porto
GPS 41.147757, -8.609533
O terreno onde hoje se ergue o Teatro Municipal do Porto (Rivoli) foi, nos inícios do século XX, ocupado pelo Teatro Nacional, inaugurado em 1913. Nos seus primeiros anos, quando grande parte das casas de espetáculos do Porto aderiam já à moda do cinema, o Teatro Nacional optava ainda por uma programação de teatro, ópera e bailado. Porém, em 1926, instalaria um ecrã para projeção de cinema, que não perduraria, sendo pouco depois comprado pelo empresário Manuel Pires Fernandes, que de seguida ordenava a sua demolição para dar lugar a um novo edifício.
Com projeto de Júlio de Brito, as obras do novo Teatro Rivoli terminariam em 1932.
Ainda que inaugurado pela companhia de teatro Rey Colaço-Robles Monteiro com a peça “Peraltas e Sécias”, do dramaturgo Marcelino Mesquita, o cinema iria rapidamente ganhar lugar de destaque. Depois das sessões do verão de 1932, os espetáculos seriam suspensos para montar um sistema de exibição de filmes sonoros e, a partir de 1933, o cinema já compunha a maior parte da programação do Teatro Rivoli, com enorme sucesso.
Nas décadas de 1940 e 1950, Maria Fernandes Borges, filha de Manuel Pires Fernandes, assumiria os destinos da casa. Graças à sua determinação, o Teatro Rivoli atravessaria o seu período áureo. Filmes como “Isabel de Inglaterra” (1939), protagonizado por Bette Davis e Errol Flynn, ou “Relíquia Macabra” (1941), de John Huston, com Humphrey Bogart no papel principal, enchiam a sala do Rivoli múltiplas vezes.
Posteriormente, na década de 1960, a distribuidora Castello Lopes assume a exploração do espaço e, já na década de 1970, entra em declínio.
Nos finais de 1980 a Câmara Municipal do Porto compra o imóvel e em 1991 inicia um projeto de reabilitação do edifício, com traço de Pedro Ramalho. Reaberto em 1997, o Teatro Rivoli teve um dos seus pontos mais altos em 2001, acolhendo grande parte da programação do evento “Porto, Capital Europeia da Cultura”.
Depois de entre 2007 e 2011 ter sido gerido pela Politeama Produções, do encenador de “revista à portuguesa” Filipe La Féria, voltou desde então à gestão da Câmara Municipal do Porto, com uma forte aposta na programação internacional de teatro e dança. Quanto à sétima arte, acolhe atualmente dois dos maiores festivais de cinema do país: o “Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto” e o “Porto/Post/Doc”.
“PATRIMÓNIO A NORTE, edição Direção Regional de Cultura do Norte (www.culturanorte.gov.pt) com parceria DETALHAR e ARQUITETURA360